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22 de março de 2011

Vamos falar de ... Problemas de Coluna

Um dos problemas conhecidos pela generalidade da população em todo o mundo, as doenças ou problemas da coluna, são cada vez mais uma realidade, sobretudo devido ao aumento considerável da esperança de vida, mas também ao desenvolvimento de uma consciência mais próxima dos cuidados de saúde como qualidade de vida que leva muitos mais pacientes à procura de apoio médico com vista a diagnosticar os problemas da coluna, a presença de dor e a beneficiar de tratamentos.


Descrição:
Para que melhor se entenda os problemas da coluna, é essencial compreender o próprio funcionamento da coluna vertebral e saber que esta é composta por trinta e três pequenos ossos ou vértebras que sustentam o corpo, permitindo o movimento e, ao mesmo tempo, protegendo a medula.



Importa ainda reter que, em cada duas vértebras típicas existe um disco intervertebral, que ajuda a absorver as pressões e impede o atrito entre as vértebras.



Os mesmos servem de amortecedores e garantem a flexibilidade da coluna vertebral, o que por si só, reúne alguma complexidade e implica ter cuidados diários para o seu correto funcionamento.


Constituição da coluna vertebral:
Constituída por três segmentos principais a coluna descreve-se como: cervical na zona do pescoço, toráxica que, como o próprio nome indica, se situa no tórax e a zona lombar que se localiza na cintura.

No que se refere à coluna cervical, esta é a parte superior da coluna e é formada por sete vértebras. As duas primeiras vértebras cervicais (atlas e áxis), diferem totalmente das outras porque são destinadas especificamente para executarem os movimentos de rotação.

A coluna toráxica constitui a parte média da coluna e é formada por doze vértebras. Estas vértebras estão conetadas com as costelas e formam a parte posterior do tórax.

A parte mais baixa da coluna chama-se coluna lombar e é constituída por cinco vértebras.



Causas das dores na coluna:
Uma das principais causas de dor na coluna é o esforço que se desenvolve ao longo da vida, pelo que na idade mais avançada, os seus sinais passam a ser mais recorrentes devido ao desgaste e ás implicações desses mesmos esforços. Uma causa em si é também o envelhecimento e os movimentos incorretos que dão lugar a alterações na flexibilidade.

Como resultado, as vértebras aproximam-se, o que pode resultar no estreitamento dos orifícios de saída das raízes nervosas na coluna e os discos diminuem a sua capacidade de absorção podendo rasgar-se internamente, o que causa dores mais ou menos intensas, crónicas ou esporádicas, mas sempre incomodativas e dignas de uma avaliação e ponderação de tratamento.


Outras causas para as dores na coluna:
Nesta sequência de problemas que dão lugar a complicações na coluna, verifica-se que, para além das lesões do disco, também as alterações das articulações entre vértebras, os ligamentos e os músculos que estão adjacentes à coluna podem tornar-se dolorosos, contribuindo para aumentar a intensidade da dor.


Geralmente é a dor lombar a mais frequente e incomodativa, uma vez que é nesta região que se suporta a maior parte do peso corporal e onde ocorre a maior quantidade de movimentos.


É por essa razão que o excesso de peso ainda aumenta mais este problema e acrescenta a sensação de dor, sendo recomendável um ajuste do peso corporal sempre que possível, já que é uma forma essencial de prevenção.


As doenças de coluna mais frequentes:
Entre as doenças da coluna encontram-se a escoliose, a hérnia discal, a doença discal degenerativa, a espondilartrose entre outras.


Também são relativamente comuns as lesões da coluna por traumatismo, principalmente nos casos de acidentes de trânsito e quedas em altura.

A coluna pode também ser afetada por tumores benignos ou malignos, necessitando de intervenção cirúrgica.


O que á a Escoliose:
Entende-se por escoliose uma deformação em que existe uma curvatura lateral da coluna, fazendo com que o corpo fique assimétrico.

A escoliose pode ter várias causas como sendo a genética, problemas neuromusculares ou comprimento desigual dos membros inferiores,.

No entanto a maioria das escolioses têm causa desconhecida e começam a dar os seus primeiros sinais na infância.


Sintomas:
- ombros em alturas distintas;
- uma das ancas parecer levantada em relação à outra,
- cintura desigual,
- inclinação de todo o corpo para um dos lados e, ao dobrar o corpo, proeminência de costela.

O que é a hérnia discal:



Não menos comum a hérnia discal consiste na pressão que os discos da coluna exercem durante os movimentos do tronco nas várias direções, o que a torna irregular.

Com a repetição destes movimentos, sobretudo bruscos e em situação de distração da pessoa que não está preparada para os executar, podem ocorrer lesões no disco.

A sucessão destas lesões pode dar lugar a rupturas da parte externa do disco e, o interior do disco intervertebral pode exteriorizar-se por essas fendas, produzindo uma hérnia discal.

Outras causas também podem estar associadas a esta patologia como sendo as alterações degenerativas relacionadas com a idade que podem provocar a perda de flexibilidade e de elasticidade dos discos intervertebrais e, consequentemente, a sua fragilidade e ruptura.

Sintomas:
Como sintomas da hérnia discal conhecem-se a dor, a sensação de formigueiro, a dormência ou falta de força num membro superior ou inferior.

Ao mesmo tempo que se entendem os sintomas, faz sentido ter em conta os fatores de risco, uma vez que ajudam a elaborar o diagnóstico, entre outros possíveis, destacam-se os mais comuns: a idade, as rotinas nas atividades e os traumatismos na coluna.

O que é a Doença discal degenerativa:
Entende-se a doença discal degenerativa como uma consequência do próprio envelhecimento que leva a uma alteração da estrutura do disco intervertebral e secundariamente a um colapso discal, muitas vezes associado a dores lombares e nos membros.

A perda de flexibilidade, de elasticidade e a capacidade de absorção do choque ou resultado de um traumatismo na coluna acabam por ser as causas deste problema.

Também com a perda progressiva de água, os discos intervertebrais perdem a sua capacidade de atuarem como amortecedores das pressões exercidas sobre a coluna, fazendo com que as vértebras vizinhas se aproximem umas das outras, o que no seu conjunto se entende como dor generalizada, incomodativa e, na maioria das vezes, uma consequência natural do envelhecimento.

Sintomas:
Para além da dor nas costas e nos membros, a pessoa começa a sentir cada vez mais dificuldades na marcha, o que a limita nas suas atividades diárias e requer cuidados acrescidos na locomoção, já que a queda pode ser mais frequente e dolorosa.

Um dos aspetos que pode agravar este problema na idade mais avançada são os esforços, os traumatismos na coluna e as atividades repetitivas que se desenvolveram ao longo da vida.

O que á a Espondilartrose:
Vulgarmente conhecida por espondilose, esta doença está igualmente associada ao envelhecimento. Assim, tal como os demais órgãos do corpo sofrem o desgaste do tempo e dos esforços, também a coluna passa por um processo de desgaste.


A artrose das articulações intervertebrais chama-se espondilartrose e pode causar crises dolorosas muito intensas, normalmente associadas a fenómenos inflamatórios.


Nesta patologia as principais linhas de observação prendem-se com a associação de discartrose (degenerescência do disco), artrose das articulações posteriores (chamadas interfacetárias) e de osteofitose que significa o desenvolvimento de "esporões" ósseos nas vértebras, muito conhecidos pela generalidade das pessoas como bicos de papagaio, por a eles se assemelharem nas radiografias da coluna.

Tratamento:
No caso das doenças degenerativas da coluna, muitos pacientes conseguem obter resultados positivos com o recurso à fisioterapia, com medicação anti-inflamatória e evitando atividades repetitivas agressivas, sendo também a cirurgia um recurso a equacionar mediante a idade e o estado de saúde do paciente.

Nas demais patologias, cada caso tem de ser analisado individualmente, sendo que o recurso a medicamentos, a exercícios adequados são sempre bons pontos de partida antes de se equacionar a hipótese da intervenção cirúrgica, o que acaba por acontecer em muitos casos e aliviar as dores, enquanto que beneficia a qualidade de vida dos pacientes.

Importa referir que, com o progresso científico, são cada vez mais sofisticadas as técnicas cirúrgicas, a ponto de se poder, em certos casos, utilizar apenas a anestesia local e obter resultados muito positivos.

O médico ortopedista é efitivamente o profissional de saúde indicado para prestar todos os esclarecimentos e fazer o devido encaminhamento em cada caso, pelo que é a sua consulta a base da melhoria da qualidade de vida.

Entenda este artigo como meramente informativo e resumido que mais não será do que um ponto de partida para procurar um especialista atempadamente, já que isso faz toda a diferença no tratamento a implementar e no conforto a alcançar.

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